Bolsonaristas furam bloqueio e invadem Congresso, Planalto e STF
Um grupo de bolsonaristas
invadiu o Congresso Nacional, em Brasília, neste domingo (8/1). Segundo o
presidente interino do Senado Federal, Vital do Rêgo (MDB), os manifestantes já
adentraram a área do Senado Federal. No local, policiais militares tentaram, de
maneira frustrada, conter as invasões utilizando spray de pimenta.
O grupo de extremistas também
entrou no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF). A presidente
da Corte, ministra Rosa Weber, acompanha a situação.
A Esplanada dos Ministérios
estava fechada deste sábado (7/1), devido os atos bolsonaristas programados
para este domingo. As manifestações foram organizadas nos últimos dias por meio
de grupos de apoio ao ex-presidente no WhatsApp e Telegram, com o intuito de
“cercar Brasília” e “parar tudo”.
Os manifestantes saíram do
acampamento em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Sul, por
volta de 13h30, em direção à Esplanada, com cartazes de: “Forças Armadas,
cumpra seu julgamento” e “Para libertar o Brasil do comunismo”. Apesar de não
terem sido cadastrados junto à Secretaria de Segurança Pública, a pasta
garantiu que os atos públicos seriam monitorados de maneira integrada entre as
forças de segurança e outros 29 órgãos.
Posicionamentos oficiais
O secretário de Segurança do
Distrito Federal, Anderson Torres, condenou os ataques e disse que determinou
providências imediatas para restabelecer a ordem no centro de Brasília.
O presidente do Congresso
Nacional, Rodrigo Pacheco, também se manifestou por meio do Twitter. Ele
informou que entrou em contato, por telefone, com o governador do Distrito
Federal, Ibaneis Rocha. "O governador me informou que está concentrando os
esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação",
informou Pacheco.
O ministro da Justiça e
Segurança Pública, Flávio Dino, criticou o ato e reforçou que o GDF deve enviar
reforços. "Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai
prevalecer", e escreveu o chefe da pasta.
No sábado, o ministro da
Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, autorizou a atuação da Força Nacional
durante os atos para impedir a execução de "crimes federais".
Correio Braziliense