Roberto Freire diz que Cidadania vai apoiar Lula no 2º turno contra Bolsonaro
O
presidente Nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que o partido deve
apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. O partido,
que elegeu quatro deputados federais neste ano, participa de federação com o
PSDB. "Com Bolsonaro estaremos na oposição. Com Lula podemos conversar.
Mas pelo menos não corremos o risco de não ter eleição em 2026".
Pouco
antes de sua entrevista, Freire publicou nota na qual revelou que ia propor à
Executiva o apoio a Lula (veja abaixo a íntegra da nota). A reunião da direção
do partido será nesta terça-feira, às 12 horas. "Creio que a maioria da
Executiva vai concordar com o apoio a Lula. É preciso entender a necessidade da
política. Não podemos nos omitir, defendendo neutralidade nessa hora."
Para
Freire, o momento atual, diante da possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) se
reeleger, é o de formação de uma grande frente democrática contra o fascismo a
exemplo do que ocorreu nos anos 1970 durante o regime militar. Trata-se, no
entanto, de um apoio crítico. "Isso devia ter sido pensado pelo PT antes
de definir qualquer candidatura."
O presidente do Cidadania
afirmou ainda que a decisão da Executiva do partido não está condicionada a
nenhum entendimento com a campanha de Lula ou com o PT. "Depois de começar
o governo vamos ver se estaremos ou não na oposição", afirmou. Freire
resolveu defender o apoio a Lula sem consultar o PSDB. O Cidadania deve ser o
segundo partido que teve candidato à Presidência no primeiro turno a apoiar
Lula. No domingo, dia 2, Sofia Manzano, candidata do PCB, anunciou o apoio ao
petista.
Na tarde de ontem, o setor sindical do PDT divulgou nota também em apoio ao petista. O partido teve Ciro Gomes (PDT) como candidato à Presidência. "Nossa posição é de defesa de todas as candidaturas progressistas, incluindo a de Luiz Inácio Lula da Silva para Presidente da República. Mas, queremos ouvir os demais companheiros e companheiras e vamos respeitar a posição definida pelo partido; por isso, cobramos urgência na definição, há muito trabalho a fazer em muito pouco tempo", escreveu Milton Cavalo, presidente nacional do Movimento Sindical PDT.