Equipe médica diz que estado de saúde de Bruno Covas é irreversível
A
equipe que trata o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), informou na noite
desta sexta-feira (14/5) que o quadro de saúde do político é
"irreversível". De acordo com o boletim médico, ele está sendo
mantido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) a base de sedativos.
Familiares
acompanham o prefeito no hospital. Covas trata um câncer que começou na cárdia
(a transição entre o fígado e o esôfago), sofreu metástase e se espalhou por
outras partes do corpo. Ele chegou a exercer o segundo mandato, ao ser reeleito
no ano passado.
Já em
tratamento, o prefeito chegou a despachar do hospital, mas logo se afastou para cuidar da saúde e deu lugar ao vice, Ricardo
Nunes (MDB).
Nesta semana, o
político tinha dado início a uma imunoterapia. Esse tipo de tratamento foi
adotado pela equipe médica para tentar estimular o sistema imunológico de Covas
a combater o câncer.
Histórico
Covas descobriu o câncer em outubro de 2019. À
época, ele fazia exames para investigar o surgimento de uma trombose, mas os
procedimentos apontaram a existência de três tumores — um no fígado, um na
cárdia e outro nos gânglios linfáticos. Os médicos atacaram a doença com os
tratamentos de imunoterapia e quimioterapia, e dois dos três ferimentos
chegaram a desaparecer.
Em fevereiro deste ano, a
equipe médica de Covas identificou um novo tumor no fígado, e o prefeito retornou
à quimioterapia. Entretanto, ao longo dessa nova etapa do tratamento, a doença
se mostrou mais agressiva, se espalhando para outros pontos do fígado e alguns
ossos do político. Foi constatado que o prefeito tem cinco tumores no fígado,
um na estrutura da bacia e outro na coluna vertebral.
No início deste
mês, Covas foi internado para realizar exames de sangue, de imagem e
endoscópico, com o objetivo de prosseguir com o tratamento quimioterápico e
imunoterápico contra o câncer. Durante o procedimento, foi constatada
uma hemorragia no estômago, e ele teve de ser intubado para conter o
sangramento.
A equipe médica contornou o problema e Covas foi extubado, mas resíduos do sangramento foram identificados dias depois, sendo necessário que o político fosse submetido a sessões de radioterapia para o controle da hemorragia.
Fonte: Correio Braziliense