Mauro Cid complica Bolsonaro e entrega generais Heleno e Braga Netto em depoimentos à PF
Os depoimentos que o
tenente-coronel Mauro Cid prestou à Polícia Federal (PF) acenderam a luz de
alerta entre militares de alto escalão que integraram o governo Jair Bolsonaro
(PL). Segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, Cid está colaborando com a PF,
fornecendo detalhes cruciais sobre reuniões e conversas que faziam parte de um
plano para efetivar um golpe de estado visando manter Bolsonaro no poder mesmo
após ele ter sido derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pleito
presidencial do ano passado. Os depoimentos também abrangem outros temas,
incluindo o escândalo das joias sauditas que o ex-mandatário tentou se
apropriar.
De acordo com a reportagem,
pessoas próximas a Cid dizem que ele não está acusando ninguém, mas vem
detalhando os participantes das tratativas, incluindo militares, ex-ministros e
funcionários do governo Bolsonaro.
“Agora, à PF, ele deve
detalhar quem são os militares e outros ex-ministros e funcionários do governo
Bolsonaro que participaram das tratativas que se deram, entre outras
localidades, no Palácio da Alvorada em dezembro passado”, destaca a jornalista.
Entre os nomes listados por Cid estariam os dos generais Augusto Heleno
(ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional - GSI) e Walter Braga Netto
(ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).